Uma cratera que até então supostamente não havia sido percebida pelos seres humanos foi descoberta através de uma pesquisa realizada pelo Google Earth de forma aleatória.
A cratera está localizada em um deserto africano e foi causado pela queda de um meteorito na região. O buraco está sendo considerado um dos mais bem preservados locais para estudo das consequências de um impacto de um meteorito com o solo.
Características da Cratera Kamil
A cratera recebeu o nome de Cratera Kamil e está situada entre o Egito, a Líbia e o Sudão. Com 16 metros de profundidade e 45 de diâmetro, a cratera havia sido localizada pela primeira vez por um mineralogista italiano chamado Vincenzo de Michele.
O mineralogista realizava uma pesquisa em busca de formas naturais presentes na Terra e estava usando o Google Earth como ferramenta. Foi quando percebeu um enorme buraco localizado no meio do deserto que chamou sua atenção.
Depois que descobriu a cratera o italiano entrou em contato o físico Mario di Martino, membro do observatório do Instituto Nacional de Astrofísica, com sede em Turim. Martino comandou em fevereiro de 2010 uma expedição para realizar estudos acerca da cratera e descobrir como ela foi originada.
Os pesquisadores comandados por Martino descobriram que a cratera foi provocada pela colisão de um meteorito contra a Terra, há menos de 10 mil anos atrás, um tempo que pode ser considerado pequeno para eventos dessa magnitude.
O meteorito seria formado de ferro e pesaria até 10 toneladas. As dimensões aproximadas do corpo celeste seriam de 1,3 metros de diâmetro, e a velocidade do impacto foi maior do que 12 mil quilômetros por hora de acordo com os cálculos efetuados pelos pesquisadores da equipe.
O Meteorito
Os pesquisadores afirmam que devido à velocidade e ao peso do meteorito o impacto pode ter sido visto a cerca de mil quilômetros de distancia devido à intensa fumaça e ao fogo provocado pela colisão.
O que mais causou estranhamento aos pesquisadores foi o fato da cratera ter passado tanto tempo sem ser descoberta pelos humanos.
De acordo com a pesquisa é possível até que seres humanos tivessem presenciado a colisão do meteorito.
Pesquisas arqueológicas realizadas em locais próximos ao local da colisão podem auxiliar os cientistas a determinar a data aproximada em que o fato ocorreu.
As Pesquisas
A equipe liderada por Martini contava com 40 pessoas, incluindo pessoas de várias nacionalidades como cientistas da Itália e da Grécia.
A equipe coletou amostras e mais de uma tonelada de fragmentos metálicos na região, como um pedaço de ferro com cerca de 83 quilos, que pode ter sido desprendido do meteorito no momento do impacto com o solo.
Neto