A criação do automóvel fez com que o ser humano tivesse um grande upgrade em relação aos séculos anteriores de sua existência. É fato que nós sempre buscamos uma maneira de deixar a nossa vida mais prática e com maior comodidade para nós. No entanto, no começo de tudo, não era questão somente de deixar mais prático: era questão de sobrevivência.
Quando nós criamos a roda, não se imaginava que ela seria tão importante para uma pá de coisas: desde a mobilidade mais facilitada, até a aplicação deste conceito na indústria e em outras áreas que ajudou a desenvolver muito mais do que somente a nossa capacidade de locomover.
Depois de um verdadeiro boom do mercado automobilístico que aconteceu no século XX, o século XXI está reservando, ao que parece, algumas surpresas para essa aclamada indústria: as questões ambientais estão caindo cada vez mais em peso, fazendo com que muita gente repense se, realmente, o uso de automóveis está sendo satisfatório ou se não é melhor se adaptar a outros tipos de transporte. Por adaptação a outros tipos, entende-se o uso de veículos que não emitem gases nocivos, como é o caso dos veículos elétricos ou, mais simples, as bicicletas.
Só que um outro estilo de transporte começou a ganhar força entre as pessoas: os carros por aplicativo, que é o caso da UBER.
A UBER
Uber
A UBER nada mais é do que uma companhia estadunidense que nasceu com o objetivo de simplificar a vida das pessoas que não dispõem de um veículo para se locomoverem pela cidade ou pela região. Integrando veículos e a tecnologia, a proposta da UBER é que você consiga chamar por algum motorista para que este possa te levar até o seu destino, pagando um preço justo por tal serviço. Dessa forma, tudo o que a pessoa precisa fazer é ter um celular que tenha Android ou iOS, acessar a loja de aplicativos dos respectivos OS e, nela, baixar o aplicativo do serviço.
Logo depois de baixar esse aplicativo, você irá fazer um pequeno cadastro e, de quebra, já irá ganhar um desconto para a sua primeira viagem. Depois de tudo certo, você precisa colocar o destino para o qual você quer ir. Feito isso, será calculado instantaneamente o preço do serviço, sendo debitado diretamente no seu cartão de crédito ou débito. Vale a pena lembrar que este serviço não trabalha com dinheiro físico, um indicativo dos novos tempos que estão pro vir (porém, concorrentes diretos da marca, como a GoCar, aceitam tanto cartões como dinheiro físico).
Depois de tudo acertado, você irá falar diretamente com o motorista, para passar-lhe as informações necessárias. Feito isso, basta aguardar que logo ele irá busca-lo e, a partir daí, levar você até o seu destino. Além de toda a comodidade que o serviço oferece o preço que é cobrado geralmente é bem atraente, por ser um preço que difere muito dos táxis convencionais.
E isso é motivo até de discórdia entre a categoria. Quando o serviço chegou por aqui, em 2016, muitos protestos começaram a ser feitos, principalmente pelos taxistas, argumentando que existia uma concorrência desleal, já que os funcionários da UBER não pagavam impostos, podendo, então, cobrar preços mais baixos pelas viagens e, assim, sair na frente dos taxistas. Os protestos, que esperavam ser pacíficos acabaram por ser muito violentos, com casos onde passageiros eram obrigados a embarcar em táxis ou, também, motoristas da UBER que eram agredidos e tinham seus carros depredados, entre uma série de outros problemas. Isso levou a uma reação do governo, que iniciou um estudo para poder regulamentar a UBER. Isso gerou descontentamento na empresa, que alegava que, se caso esse plano fosse adiante, a possibilidade de ela sair do país era imensa. Atualmente, o processo ainda corre em andamento.
A UBER, para poder melhor classificar os seus motoristas, conta com o sistema de estrelas, que vai de 1 a 5. Já dá para imaginar que a classificação 1 é muito insatisfeito e a classificação 5 é muito satisfeito com o serviço. Os motoristas que cumprirem com suas obrigações e agradarem os clientes acabam por ter uma classificação melhor, já que são os passageiros que os avaliam.
A UBER E A Relação Com os Motoristas
Motorista de Uber
Como já dissemos anteriormente, a UBER não tem uma relação comum entre empresa-empregado: na verdade, os motoristas são apenas “credenciados” pela empresa, que recomenda-os para os usuários do serviço. Toda vez que algum motorista consegue uma viagem por meio do aplicativo da empresa, é cobrada uma taxa sobre o valor da viagem, algo em torno de 20%. No entanto, muito se questiona essa relação, já que a UBER não fornece o veículo para o motorista, bem como, também, não fornece a manutenção do mesmo, nem gasolina, enfim. Tudo isso é por conta do motorista. Isso meio que explica os preços baixos que são praticados para as viagens.
Por conta disso, muita gente passou a ser a favor da regulamentação desse serviço, com o principal argumento de que era necessário que o motorista tivesse algumas garantias caso alguma coisa acontecesse com ele ou com a sua ferramenta de trabalho.
O Motorista Auxiliar UBER
Motorista Auxiliar UBER
Além dos motoristas titulares, a UBER conta com o serviço do “motorista parceiro”, que significa nada mais nada menos do que os próprios motoristas da plataforma indicarem outros para poderem fazer parte da base da UBER. Nesse sentido, o motorista recomenda para a plataforma algum motorista parceiro, na qual ele deverá passar por todos os requisitos que o motorista da plataforma passou: desde a necessidade da CNH até os requisitos do veículo, como número do chassi, documento, etc.
Feito isso, a UBER passa para a fase da fiscalização da pessoa, ou seja, ela vai atrás de informações sobre a vida do motorista, como antecedentes criminais, entre outras coisas a mais. Todo esse processo visa garantir a segurança dos passageiros, para que não haja nenhum problema em relação ao caráter da pessoa que se candidata a ser um motorista parceiro da UBER.
A tendência é que o transporte evolua cada vez mais nesse sentido, como uma serviço on-demand.
