Não se fala em outra coisa no mundo sobre como as tecnologias evoluíram muito em um curto espaço de tempo. Antigamente, o que movia a busca incessante por novos tipos de tecnologia era justamente as guerras, que exigiam dos governos envolvidos em tais situações um aparato médico, estratégico e militar imenso.
Não é à toa que a época da Segunda Grande Guerra que a indústria da inovação mais trabalhou na história da humanidade. É claro que as primeiras descobertas levadas a cabo pelos seres humanos, como as tecnologias relacionadas á criação das mais diversas ferramentas para caça e defesa foram um dos grandes indícios que a espécie humana tinha vido, realmente, para ficar.
Com o passar do tempo, essas tecnologias foram sendo aprimoradas, como um resultado das evoluções que o ser humano foi passando. Vale a pena salientar que o consumo de carne, por exemplo, foi um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento do cérebro e, consequentemente, de toda a estrutura pensante que o ser humano passou a ter, permitindo que ele ficasse cada vez mais racional.
Atualmente, o foco do desenvolvimento tecnológico não está interessado em melhorar ferramentas de pesca ou caça. O que ele busca é a conexão cada vez maior das pessoas com sistemas informatizados, sendo que a internet tem grande participação nisso tudo.
As Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação
Em se tratando das tecnologias digitais de informação e comunicação – popularmente conhecidas como TDICs- tais ferramentas tem um único propósito maior, que é o de melhorar progressivamente a educação no mundo. Sabe-se que, em muitos lugares, não há sequer uma escola com professor. E, o que é pior: o modelo de escola onde um professor leciona para uma sala de mais de 40 alunos de uma forma monótona, com todos sentados enfileirados já está defasado há muito tempo. Países considerados de terceiro mundo ainda estão adotando este modelo como a principal referência, fato que está sendo abandonado pelos países desenvolvidos.
E qual é a ideia para deixar a educação mais atraente e entendível para as pessoas? Mudando a didática, obviamente, além de promover uma interação cada vez maior com as tecnologias que estão sendo criadas/aprimoradas/desenvolvidas constantemente.
Um exemplo dessas tecnologias digitais é, justamente, o que se está utilizando para ler esse artigo: o smartphone. Ele, que surgiu bastante discreto no final da primeira década do ano 2000 hoje já é uma ferramenta quase que indispensável para muitas pessoas que já não podem viver mais sem esses aparelhinhos. Porém, alguns professores ainda abominam a ideia de fazer com que os seus alunos utilizem celulares dentro da sala de aula. De um lado, é compreensível, já que grande parte dos alunos utilizam o celular para excentricidades que não estão relacionadas com o aprendizado. Por outro lado, o que o professor pode estar perdendo é, justamente, a possibilidade de incluir programas novos para a interação entre os alunos, como uma forma de que os alunos possam cada vez mais aprender o conteúdo sem recorrer à terrível decoreba.
Só para se ter uma ideia de como a inclusão do smartphone foi uma coisa para lá de grande, em 2016, uma pesquisa levada a cabo em diversas escolas brasileiras mostra que a maioria dos professores -52%- consideravam o uso do smartphone em suas aulas. Um ano atrás, esse índice ficava em 42%, ou seja, um grande salto que mostra que a tendência é, justamente, a adoção dessas ferramentas para que o aprendizado fique ainda mais coerente.
Essa discussão é tão séria que até mesmo a Base Nacional Comum Curricular, um dos órgãos principais do MEC, estava discutindo justamente a inclusão de ferramentas tecnológicas com a função de estudar.
Os Principais Desafios Das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação
De acordo com gestores e profissionais da área, os principais desafios para a implementação das TDIC’s é, justamente, convencer os docentes mais antigos a adotarem essas novas tecnologias em sala de aula. Há muita resistência principalmente porque isso envolve mudar totalmente a dinâmica de uma aula, na qual tais professores não acreditam ser uma boa coisa. Outro problema é, também, o não manuseio correto dessa tecnologia por eles, o que pode acarretar em transtornos na hora da aprendizagem dos alunos.
Uma das saídas encontradas é propor aos professores que eles possam ter aulas para aprenderem a lidar com essa tecnologia, bem como, também, ter aulas que mostrem a importância de se mudar a didática para que o aluno possa ficar entretido e, dessa maneira, evitar os grandes índices de reprovação e ou de evasão escolar.
Outro desafio é mostrar ao aluno que ele pode, sim, aprender de uma maneira mais divertida, sem fazer com que ele desvie o foco de sua atenção. Por exemplo, está em curso a criação de um app que funciona mais ou menos assim: ele faz com que o aluno passe por um teste. Porém, ele pode pesquisar, diretamente por este app, diversos tipos de livros e conteúdo diretamente da internet que podem o ajudar a encontrar a resposta da pergunta a qual foi submetido, sem muitos rodeios ou picuinhas. Os professores precisam saber separar aquilo que o aluno realmente precisa saber do que não se é necessário aprender para vida profissional destes.
TDIC’s e Economia
O próximo desafio é um pouco mais difícil por envolver questões econômicas. Um dos pilares dos TDIC’s é, justamente, ter a possibilidade de se integrar todos os meios digitais de informação e conexão, a fim de criar uma rede ao aluno no qual ele possa acessar e estudar sem problemas. Uma previsão desse projeto era a entrega, para cada aluno da rede pública, de um tablet, na qual ele deveria zelar e utilizar em sala de aula e fora dela. Isso chegou a ser instituído no Brasil no início de 2010, mas logo parou por falta de verba e, também, pela falta de estrutura da maioria das escolas brasileiras. Porém, escolas da rede privada começaram a investir nesse tipo de tecnologia aos seus alunos e, aos poucos, vem colhendo resultados positivos.
Ou seja, ou a educação brasileira abre os olhos para a tecnologia ou ela será engolida, mais uma vez, pelos países desenvolvidos.