O Speedy, palavra que traduzida ao idioma português, significa “rápido, veloz”, atrasou a vida de diversos paulistas e paulistanos, em mais uma de suas eventuais panes. No dia 13 de junho de 2011, uma falha do serviço de internet banda larga da Telefônica, ocasionou dificuldades de acesso aos usuários de diferentes cidades do Estado de São Paulo.
A justificativa da empresa é que correu um problema com dois roteadores, equipamentos estes, responsáveis pela transmissão internacional de dados, o que impediu o acesso a sites internacionais. Tal problemática seria resultado da ação de criminosos virtuais, os popularmente conhecidos como “Hackers”, afirma a empresa.
O fato foi comentado negativamente pelo ministro de comunicações, Paulo Bernardo, que utilizou a palavra “lamentável” para referir-se à pane. O atual ministro de comunicações, ex-ministro do Planejamento, assumiu a função no governo de Dilma, em janeiro de 2011, também com a função de concretizar o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Iniciado em 2010 o PNBL objetiva a disseminação da internet de 1 Mbps para todo o país, com custo que não ultrapassaria R$ 35,00, até 2014. Resta saber se o investimento para concretização do Programa valerá a qualidade do serviço disponibilizado.
O ministro comentou ainda seu desapontamento com a empresa Telefônica, visto que o problema é recorrente, porém o conjunto de falhas não aguçou a criatividade para o desenvolvimento de ações que possibilitassem a resolução da falha em um período curto de tempo, já que, quando o assunto é internet, minutos podem ter uma conotação bastante significativa, além de impactos econômicos desfavoráveis, especialmente a profissionais que dependem de tais recursos para êxito de seus negócios. O retardamento da resolução do problema implica ainda na deterioração da imagem da empresa prestadora do serviço, uma das líderes de reclamações fundamentadas no PROCON (órgão que trata da Proteção e defesa dos direitos do Consumidor, ligado à Secretaria Estadual da Justiça e Defesa da Cidadania), especialmente por cobranças indevidas aos consumidores.
Paulo Bernardo comentou ainda que o problema será discutido junto ao presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Ainda em 2009, a Agência impediu a comercialização do Speedy, mediante o crescente número de reclamações de usuários do serviço, bem como as recorrentes interrupções do serviço. A suspensão da venda possibilitaria aos usuários já ativos maior qualidade do serviço prestado, já que o aumento de usuários resultaria em maior tráfego, tornando a rede mais vulnerável à problemas com a conexão.A prerrogativa obrigou a empresa a apresentar um plano visando a resolução do problema, para que suas vendas fossem novamente permitidas. Porém, após alguns anos o problema volta à pauta.
A problemática torna explícito um questionamento em voga por inúmeros usuários insatisfeitos: a qualidade do serviço prestado aos clientes é parcial ao preço pago pelo serviço?