A forma de atuação dos professores nas aulas vem sendo direcionada pela BNCC (Base Nacional Comum Curricular). O objetivo é fazer com que o processo de aprendizagem se torne mais interessante para as crianças e adolescente, e o ensino mais fácil para os professores.
Nos últimos anos do Ensino Fundamental, entre o 6° ano e o 7°, vem sendo sugerido o uso de jogos eletrônicos em aulas de Educação Física.
No entanto, surge uma dúvida nesse contexto: de que maneira o mundo dos games será trazido para a Educação Física? Essa ideia partiu de um professor de educação física, e vem dando bons frutos.
E funciona da seguinte forma: os alunos devem formar grupos. E cada grupo precisa escolher um jogo eletrônico, que será transformado em uma brincadeira na aula. A brincadeira deve ser o mais parecida possível com o jogo.
Com isso, os jogos de esporte, de dança, de guerra, enfim, todos seriam transformados em brincadeiras nas aulas de educação física, de maneira que a toda a turma é envolvida.
Essa ideia promove inúmeros benefícios para os alunos, como o conceito de trabalho em grupo, e também ensina sobre planejamento estratégico e muito mais.
Com isso, esses jovens, que são apaixonados por jogos eletrônicos, trouxeram toda a sua paixão para a quadra da escola, mais especificamente para as aulas de educação física. Assim, a aula se tornou muito mais divertida.
Ao mesmo tempo em que potencializou o aprendizado dos alunos, ampliando os ensinamentos para além da matéria escolar, proporcionado conhecimentos que eles levarão para a vida.
E a atividade não termina com a prática na quadra. Os alunos também precisam entregar o trabalho por escrito, contendo a apresentação, quais os objetivos da atividade, uma descrição completa da mesma e uma conclusão. E não é só isso!
Também é preciso realizar uma apresentação oral para toda turma, além de executar a atividade com os demais colegas, com a ajuda do professor.
Será Que Usar Jogos Eletrônicos na Educação Vale à Pena?
Não podemos negar que a tecnologia está por toda parte, inclusive na educação. Porém, muitas pessoas ainda têm dúvidas se implementar a tecnologia na educação é realmente benéfico para os alunos, ou não.
A resposta para essa questão é depende. Afinal, hoje em dia, há vários estudos que descrevem muitos benefícios provenientes do mundo digital. Sendo que um desses benefícios está justamente em usar os jogos eletrônicos na educação de jovens.
Em contrapartida, todas as vantagens podem acabar se transformando em sérios problemas, conforme a aplicação dos recursos tecnológicos. Ou seja, se não forem usados na intenção de educar, da forma certa e na medida exata, eles podem causar muitos problemas.
Jogos Eletrônicos e Educação
Com o avanço da tecnologia, fica claro que os jogos eletrônicos se tornaram ferramentas muito úteis quando se trata de construir as escolas e planos das aulas futuros.
Afinal de contas, esses jogos possuem grande capacidade de desenvolver em crianças e jovens inúmeras habilidades, como o estímulo à memória, a interação, o raciocínio lógico, o trabalho em grupo, a seleção visual, tomadas de decisão, planejamento e muito mais…
É por tudo isso que a escola tem inserido os jogos digitais na educação. Inclusive, já existem alguns jogos produzidos, especificamente, para serem usados na educação. Os programadores desenvolvem esses jogos em conjunto com psicólogos, educadores e com professores.
Há também alguns jogos de uso mais genérico. Porém, com a ajuda do professor, eles podem ser devidamente direcionados para o processo de educação, proporcionado inúmeros benefícios para os alunos.
Além disso, os jogos eletrônicos também facilitam muito a vida do professor, pois tornam o aprendizado muito mais fácil. Sem falar na diversão, que é garantida.
O uso dos jogos eletrônicos pode contribuir para a alfabetização de crianças, assim como também pode ajudar no aprendizado das demais matérias também, como inglês, matemática, e muitas outras.
Sem contar que os jogos eletrônicos também contribuem muito para desenvolver muitas outras habilidades sociais, podendo ser usadas por todas as classes sociais, bem como na educação de alunos com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção), e com autismo.
Há Um Limite de Uso dos Jogos Eletrônicos na Educação?
O uso compulsivo dos jogos eletrônicos pode causar vício. Inclusive, esse já é considerado como um problema bem real. Tanto é que a OMS (Organização Mundial de Saúde), registrou o vício nos jogos na relação de transtornos psiquiátricos.
Esse vício se torna evidente quando a criança ou adolescente começa a colocar o jogo como uma prioridade na sua vida. E acaba deixando de lado o estudo e as atividades comuns da idade, como as brincadeiras, por exemplo, por causa do jogo.
Por esse motivo, é importante que educadores e, principalmente os pais, fiquem bem atentos em como as crianças e os jovens estão se comportando. Da mesma forma, as atividades envolvendo os jogos eletrônicos na escola precisam ter um claro objetivo de contribuir com a aprendizagem dos alunos.
Por isso, o ideal é que as atividades tenham um tema específico, bem como um tempo pré-determinado também. Portanto, o conhecimento das crianças pode sim ser otimizado com o uso da tecnologia, que pode ser uma grande aliada, se for usada da forma correta.
Enfim, agora ficou bem mais claro sobre qual é o objetivo dos jogos eletrônicos na educação. Assim como também compreendemos a melhor forma de usá-lo, para eu não se torne um vício.
Jogos Eletrônicos e a Aprendizagem Interativa
A aprendizagem interativa é um dos maiores benefícios dos jogos eletrônicos. Até poucos anos atrás, a educação tradicional era considerada como o modelo de educação, onde o professor explicava todo o conteúdo das matérias, e os alunos ficavam sentados, só ouvindo e absorvendo o conhecimento.
No entanto, o principal foco desse modelo de aprendizagem mais tradicional, é promover uma reprodução do conhecimento de forma mais padronizada, de maneira que a criança fica bem limitada, sem liberdade para criar outras maneiras de aprender.
No caso dos jogos, como eles já estão inseridos no dia a dia das crianças, usá-los na educação pode ser muito benéfico. Nesse contexto é que surge a educação cognitiva, onde o conhecimento é proveniente da interação da criança e do jovem com o meio no qual está inserido.
Dessa forma, os jogos estimulam os estudantes a buscarem novos conhecimentos, testarem os conhecimentos que já possuem, e aprenderem um mundo de coisas novas. Tudo isso de uma maneira bem prática e divertida, fazendo algo que elas gostam muito.
E tudo isso sempre com a orientação de pais e educadores.