Previsões e especulações sobre o possível fim dos plug-ins para navegadores não faltaram depois que as maravilhas do HTML5 foram anunciadas.
A verdade, por outro lado, pode não ser tão apocalíptica para o Flash ou para o Silverlight.
Tão Bom Quanto, Mas Mais Leve
Ser tão bom quanto os concorrentes, mas muito — muito mesmo — mais leve: essa é a proposta do HTML5. O novo padrão de programação para a Web, que começou a se difundir em 2010, tenta dar um visual tão bacana — ou até melhor — às páginas quanto o Flash faz há tanto tempo.
O HTML5 permite executar animações e vídeos sem a instalação de qualquer outro software no computador exceto um navegador compatível.
O site ganharia ainda com a quantidade reduzida de dados que precisariam ser transmitidas para o computador do usuário evitando as, algumas vezes, intermináveis telas de carregamento de aplicativos na Web.
O usuário também tem a ganhar ao visitar páginas escritas em HTML5. A carga de processamento necessária para executar páginas no novo padrão é muito menor que a requisitada pelos concorrentes. Essa qualidade é especialmente bem-vinda entre os novos equipamentos disponíveis no mercado, como smartphones e tablets. Dispositivos como esses contam com recursos de processamento e memória reduzidos sendo, portanto, amplamente beneficiados por páginas mais leves e enxutas.
Bom, Mas Não é o Santo Graal
Para Charles McCathie Nevile, diretor de normatização do Opera, o HTML5 não vai matar o Flash. Embora inovador e com inúmeras vantagens, o HTML5 perdeu muito das suas possibilidades com o passar do tempo, segundo Nevile.
A uniformidade do padrão de programação foi quebrada com o passar dos anos por seus programadores. Isso se deveu principalmente por diferenças entre os navegadores. Durante esse período de adequação e testes, os programadores se voltaram principalmente para o Internet Explorer, visto que — por estar instalado nativamente em cada um dos computadores com Windows do planeta, e eles são mais de 90% do total — assim teriam maior alcance.
Para Nevile, o HTML5 tem se difundido bastante por sua simplicidade de programação. Ao invés de precisar de uma série de linguagens e recursos — muitas vezes pesados demais —, a linguagem reúne recursos ricos de forma simplificada.
No caso da incorporação de um vídeo externo em uma página, por exemplo um vídeo do YouTube, o programador não precisaria de um código de incorporação gigante como acontece com o Flash, bastando um comando simples.
Mesmo com alguns problemas no arranque, o HTML5 ainda promete ser a menina dos olhos do conteúdo multimídia na internet a partir de agora. O primeiro passo já foi vencido: o suporte. Os principais navegadores já oferecem suporte à nova tecnologia. O próximo passo, e provavelmente o mais complicado, ainda precisa ser vencido: a aceitação.