Que todos estão acostumados com a internet, isso não é novidade para ninguém. Dessa maneira, viver um minuto sem ela parece que é uma coisa inegociável. Todos entram em desespero quando o provedor de internet sai de área. Imagine só se, em algum momento, a internet mundial cai por alguns poucos segundos? A perda financeira é inestimável, podendo criar até uma crise sem precedentes.
E tudo isso por conta de um serviço que apareceu timidamente nos anos 1990 e, logo, já mostrou ao que veio. Hoje, pode-se viver sem televisão, rádio e jornais impressos. Mas, viver sem internet é uma opção que sequer pode ser cogitada nos dias de hoje.
Quando o serviço começou a ser oferecido por aqui, era bastante comum ele ser atrelado a um plano de telefone, sendo a famosa “internet discada”. Dessa maneira, não se podia fazer ligações telefônicas enquanto a internet estava sendo utilizada, bem como também pagava-se uma verdadeira fortuna pelo serviço que não era muito bom: demorava-se até um minuto para poder carregar uma página online, podendo esse período se postergar ainda mais se muita gente estiver utilizado a internet naquele momento.
Talvez, naquela época, a maior glória para o novos internautas era a possibilidade de utilizar a internet de maneira gratuita depois da meia noite. Nessa hora, o tráfego de dados era bastante baixo, o que permitia uma gratuidade do serviço a ser oferecido posteriormente.
Anos depois, a Interne Banda Larga começou a ser popularizada no país, caindo cada vez mais em desuso a internet discada. A dependência do telefone fixo morreu e, a partir daí ,a velocidade melhorou cada vez mais, com planos sendo oferecidos sob medida para atender aos anseios do consumidor.
Paralelo a isso, diversas tecnologias foram sendo criadas com a intenção de deixar a internet ainda mais rápida para as pessoas. Dessa forma, nasceu a internet de fibra ótica, que é considerada por muitos a sucessora natural dos tradicionais cabos de internet. Conheça um pouco mais sobre essa tecnologia a seguir.
A Tecnologia da Fibra Ótica
A fibra ótica é conhecida como sendo um filamento bastante flexível, que pode ser feito de vidro ou de plástico extrutido, cuja condução de luz, de imagens e de códigos podem ser feitos. Ele é bastante fino, sendo um pouquinho mais grosso do que um fio de cabelo. Diferente dos outros materiais, a fibra ótica não permite que interferências eletromagnéticas interfiram em seu trabalho. Dessa forma, o seu uso passou a ser bastante requisitado nos setores de telecomunicações.
No inicio dos testes com a fibra ótica, o seu rendimento era bastante limitado, haja vista que ele não conseguia fazer com que a luz chegasse em sua totalidade até o receptor: estimava-se que ela perdia muita luz de um lado para outro. Porém, durante os anos 1970, inovações permitiram que a perda de luz com a fibra ótica fosse reduzida significativamente. Dessa forma, a aplicação das fibras óticas em sistemas de transmissão de informações em longas distâncias começou a se tornar possível. O Brasil só passou a contar com essa tecnologia a partir do ano de 1977, quando cientistas da UNICAMP realizaram pesquisas indicando que a tecnologia seria muito benéfica para o progresso da comunicação dentro do território.
A aplicação das fibras óticas atualmente são bastante variadas. Porém a principal delas é justamente o uso em cabos submarinos, que são em sua grande maioria para a conexão de internet entre os países, além da facilitação de troca de informações entre essas nações. Várias empresas de alta tecnologia, principalmente as do Vale do Silício, estão sempre fazendo a instalação de cabos submarinos entre continentes, com o pretexto de fazer com que as comunicações que acontecem entre esses países fique cada vez mais rápida.
Os cabos que são direcionados para conexões marítimas são feitos de materiais bastante resistentes para que eles possam aguentar toda a adversidade presente dentro dos oceanos, desde a pressão da água a até ataques de animais que, volta e meia, são flagrados tentando “consumir” os cabos.
Os Tipos de Cabos de Fibra Ótica
Como tudo apresenta variações para atender a nichos específicos de clientes, a fibra ótica também não fica de fora nesse quesito: basicamente, existem dois tipos de fibra ótica, que são a Monomodo e a Multimodo.
A Fibra Monomodo
Esse tipo de fibra é muito utilizado para as companhias que estejam envolvidas em comunicações de longa distância. Isso se dá porque a propagação do sinal é feita em apenas um modo, o que é permitido apenas pela presença de um núcleo pequeno na fibra. Em resumo, isso significa que a largura que a banda utiliza é maior e, dessa maneira, a dispersão da luz laser é bem menor. Todo esse conjunto permite que sinais sejam transmitidos a longas distâncias. Porém, como era de se imaginar, tantas vantagens reunidas em um produto tendem a encarecê-lo. E, com esse tipo de fibra ótica, isso não seria diferente. Ele tem um valor bastante superior ao de um cabeamento tradicional monomodo, e isso se dá basicamente porque a infraestrutura para se mexer com a fibra ótica é bem mais complexa.
Por conta de toda a sua qualidade, o monomodo está classificado como Índice Gradual, na qual a sua fabricação é muito mais complexa, com um núcleo que possuí diversos tipos de elementos que visam cortar o quanto puder tempo de propagação de luz no núcleo.
A Fibra Multimodo
Esse tipo de fibra é voltado basicamente para cabeamentos que forem realizados em locais bastante próximos um do outro ou, também, em cabeamentos internos. Nesse tipo de fibra, o seu núcleo é totalmente o oposto da Monomodo, ou seja, é bem maior. Isso faz com que ela seja classificada em índice Degrau, onde o primeiro índice mostra que a fabricação da fibra foi muito simples, utilizando um material não muito amistoso para a transmissão de informação a longas distâncias. Porém, o preço se comparado ao monomodo é muito mais baixo e que, de certa forma, pode ajudar as pessoas a decidir por qual tipo de cabeamento. Se a escolha é apenas fazer uma ligação em casa, vale a pena considerar essa opção para compra.
