O Twitter há muito conquistou o título do site mais badalado para os internautas. A ideia dos microblogs deu tão certo que praticamente todo mundo já tem um Twitter. Quer saber das ultimas? É só dar uma olhadinha por lá. Entre notícias que vão, fofocas que vem, e promoções de empresas que rolam por lá, uma campanha em especial chamou a atenção dos maiores jornais do mundo. A campanha em prol dos raros pássaros Galvão.
A campeã de Trending Topics
A campanha “Cala a Boca, Galvão” alcançou durante toda a semana o primeiro lugar nos Trending Topics do Twitter, tal categoria quer dizer que é um dos assuntos mais falados no mundo. Afinal o que tem a ver “Cala a Boca, Galvão” com uma campanha para preservar pássaros raros?
Foi a partir daí que a campanha ganhou fôlego. A expressão começou a surgir no dia da abertura da Copa do Mundo da África do Sul em referência ao comentarista esportivo Galvão Bueno, da Rede Globo, conhecido por falar demais. Os fãs de futebol brasileiros começaram a Twittar a célebre frase pela rede e logo os gringos começaram a se questionar o que é “Cala a Boca, Galvão”.
Foi então que surgiu a campanha: “Salve os pássaros Galvão”. Os brasileiros no Twitter trataram de divulgar essa falsa campanha de preservação a uma ave fictícia dita raríssima e em processo de extinção. Os gringos que não sabem uma única palavra de português caíram na pegadinha acreditando que a expressão “Cala a Boca” significava “preserve” ou “salve”, e “Galvão” era de fato um pássaro raro da Amazônia morto pelos carnavalescos para a confecção de fantasias de penas.
A campanha ganhou até mesmo um vídeo de divulgação com narração em inglês e imagens comoventes de belos pássaros reais, que seriam os tais pássaros Galvão. Na narração, a Fundação Galvão, isso mesmo, Fundação Galvão, pedia que os Twitteiros de plantão ajudassem a divulgar a campanha. Segundo a fundação fictícia, a cada Tweet com a frase “cala a boca, Galvão” a campanha ganharia uma doação de R$ 0,10. É pouco, mas se o frase ganhou os Trending Topics do Twitter no mundo inteiro, imagina a grana que a fundação não ganharia?
Ainda segundo o vídeo canastrão, a luta em prol dos pássaros Galvão contaria com a ajuda de um cientista brasileiro chamado Frei Galvão, é isso mesmo a palhaçada não tem fim, Frei Galvão. Esse cientista pesquisaria formas de proteger a espécie e seria um dos principais envolvidos na divulgação da campanha.
O vídeo da campanha pode ser encontrado no YouTube e convence os mais desavisados pela sua boa edição e jogo de imagens. Os criadores usaram até mesmo cenas do filme do Chico Xavier para dar vida ao Frei Galvão. Além do caprichado sotaque britânico típico em documentários e campanhas de preservação ambiental internacionais.
Por Thiago Resende