Como um Polígrafo Funciona?

A Mentira está presente na vida de todas as pessoas, é muito difícil encontrar uma pessoa no mundo que não tenha contado uma mentirinha que seja, tipo, inventar que está doente para não ir trabalhar, inventar uma historia para impressionar aquela garota que você está paquerando, etc.. Mentir é contar alguma história com o intuito de enganar a outra pessoa, pelos mais diversos motivos. O ato de mentir acabou se tornando uma atitude de defesa que inúmeras pessoas usam para minimizar os seus problemas, seja com a família, o trabalho, etc.. Muitas vezes, a gente consegue perceber quando a pessoa está falando se é verdade ou mentira, mas nem sempre isso é possível, pois tem pessoas que conseguem disfarçar bem os sinais corporais, e fazer com que a historia que está sendo contada se passe por uma verdade irrefutável. A justiça sempre foi uma das áreas mais prejudicadas pelas mentiras contadas pelas pessoas, porém foi inventado um aparelho chamado de Polígrafo, que é conhecido por detector de mentiras e auxilia nas investigações policiais.

O Que é um Polígrafo?

O Polígrafo é um aparelho que é utilizado para monitorar e detectar os sinais e as reações de uma pessoa. Esses sinais e reações estão ligados aos níveis de ansiedade da pessoa ligados ao ato de mentir. Os polígrafos medem sinais corporais como: as batidas do coração, a pressão arterial, a respiração e etc. E é através da análise dessas variações fisiológicas, que os especialistas conseguem detectar indícios ou não se a pessoa está a contar uma mentira. Contudo, é bom ressaltar que existem pessoas ansiosas por natureza, e se a pessoa manifestar ansiedade de forma voluntária e natural, as medições que foram realizadas através do polígrafo, podem resultar em conclusões imprecisas. Por isso é importante frisar que o polígrafo não possui a capacidade de dar um veredito final, dizendo se a pessoa está mentindo ou não, o que o aparelho consegue fornecer é informações sobre variáveis fisiológicas que conforme estudos são alterados quando a pessoa está mentindo. O polígrafo não pode ser considerado como um detector de mentiras, pois as variações fisiológicas podem ser causadas por muitas variáveis, Nos últimos anos o polígrafo vem sofrendo alterações e foram desenvolvidos os polígrafos digitais, onde a fita de papel riscada está sendo substituída por resultados expressos em computadores.

O Funcionamento de um Polígrafo

O aparelho polígrafo surge da combinação de aparelhos médicos que são utilizados para monitorar as variações que ocorrem no corpo de uma pessoa. Antes de começar o teste, normalmente, se coloca uma braçadeira na pessoa que irá ser questionada, com o intuito de verificar alguns sinais corporais como: batimentos cardíacos, frequência respiratória, pressão arterial, suor, etc.. Em um primeiro momento, a pessoa passa por uma pequena sessão de perguntas (em média 05) em que serão respondidas com a verdade (as perguntas são de informações, coisas ou situações que a pessoa não terá como mentir). Desta maneira a pessoa que examinará as informações liberadas pelo aparelho, consegue preliminarmente a sua amostra, da situação dos índices corporais a serem medidos, de quando a pessoa está falando a verdade. Essa amostra será os dados fisiológicos a serem comparados com os dados a serem colhidos da informação desejada. As variações encontradas podem ser indícios de que a pessoa está mentindo ou não, porém esses dados precisam ser analisados pelo examinador, e mesmo assim não serão considerados definitivos.

O Funcionamento de um Polígrafo

O Funcionamento de um Polígrafo

As Reações Fisiológicas Registradas no Poligrafo

Apesar do polígrafo não ser capaz de detectar de forma conclusiva se a pessoa está contando uma mentira ou não, ele pode indicar para o examinador, os indícios de um tipo de comportamento mentiroso. Pois estudos comprovam que quando a pessoa está mentindo, ela tem alterações fisiológicas em seu corpo. Quando a pessoa vai realizar um exame no polígrafo, existem vários fios, tubos e cabos que são ligados ao corpo dessa pessoa em locais pré-determinados com o objetivo de controlar as reações fisiológicas. Conforme a premissa do aparelho, o comportamento da pessoa que está mentindo, gera uma série de alterações nas reações corporais que serão detectadas no aparelho e analisadas pelo profissional adequado (psicofisiologista forense) que é o examinador. Segue abaixo uma lista de reações corporais e fisiológicas que são monitoradas pelo polígrafo:

As Reações Fisiológicas Registradas no Poligrafo

As Reações Fisiológicas Registradas no Poligrafo

  1. A Frequência Respiratória – são colocados dois tubos de borracha (pneumógrafos) ao redor do peito e do abdômen da pessoa que passará pelo teste do polígrafo. Quando os músculos da região peitoral e abdominais se expandem, o ar que está dentro do tubo é movimentado. A medida que a pessoa vai respirando o polígrafo faz o registro, verificando se houve variações que demonstram ou ano ansiedade;
  2. Pressão Arterial e Frequência Cardíaca – é colocado no braço da pessoa que fará o teste do polígrafo, um manguito apropriado para auferir a pressão arterial, conectado com o aparelho. A medida que o sangue é bombeado pelo braço, é feito um som e as variações na pressão são registrados pelo polígrafo. Em polígrafos digitais as variações são convertidas e registradas através de sinais elétricos;
  3. GSR ou Resposta Galvânica da Pele – chamado de atividade eletrodérmica, é a medida do suor na ponta dos dedos da pessoa. Os estudos indicam que suamos em maior quantidade quando estamos sob estado de ansiedade ou de estresse. As placas digitais(galvanômetros) que são colocadas nos dedos da pessoa medem a capacidade de condução de eletricidade por parte da pele, e quando a pele está suada, ela conduz a eletricidade com maior facilidade do que quando a pele está seca;

Atualmente, já existem alguns aparelhos polígrafos que fazem o registro das variações dos movimentos dos braços e pernas.

A Utilização dos Registros do Polígrafo

Conforme relatos dos próprios examinadores, o polígrafo não detecta se a pessoa está ou não contando mentiras. O que o polígrafo realmente faz, é dar aos profissionais capacitados para interpretar as informações que foram geradas pelo aparelho, condições de detectar um comportamento mentiroso por parte do entrevistado.

Isso é, o examinador tem condições de dizer como uma pessoa que está falando mentiras se mostra. Mesmo que exista estresse e ansiedade por parte da pessoa que vai realizar o exame e cause algumas alterações no momento das respostas, os técnicos tem procedimentos específicos que serão usados e a ansiedade não será considerada no resultado. Por isso, os resultados apontados no polígrafo, não são considerados para efeitos judiciais, pois não tem garantia plena do seu resultado.

Gostou? Curta e Compartilhe!

Categoria(s) do artigo:
Tecnologias

Artigos Relacionados


Artigos populares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Time limit is exhausted. Please reload CAPTCHA.