Todos estamos cansados de saber que a tecnologia evoluiu a tal ponto no mundo que hoje é impossível, para a maioria das pessoas, viver sem estar conectada à internet com um smarrtphone, por exemplo. Isso, há 15 anos atrás era impossível, visto que o mercado de celulares ainda estava ganhando fôlego no país. Vale lembrar, também, que o smartphone é um descendente direto do aparelho celular e que, ao contrario do seu irmão mais velho, é utilizado para várias coisas, menos para o seu papel primordial, que é o de fazer ligações. Hoje, você pode contar no dedo quem é que realiza chamadas telefônicas ao invés de utilizar as facilidades promovidas pelos apps de mensagem como Whatsapp e Facebook Messenger. Até os SMS’s, que faziam sucesso na década de 2000 onde amigos costumavam passar correntes e imagens pixeladas perdeu seu espaço para esses novos aplicativos.
E, quem diria, a tecnologia atingiu voos tão altos que acertaram itens que você nunca poderia imaginar. Sabe aquela tinta que você passa na parede para dar um aspecto melhor à sua casa? Então, ela também pode ser fabricada de modo que possa conduzir eletricidade, a fim de realizar trabalhos que somente um cabo de força poderia realizar. Estamos falando da tinta condutiva. E, aqui, você vai conhecer um pouco mais sobre essa tinta, bem como alguns passos para fazer você mesmo esse item. Confira:
A Tinta E Sua História
Como já dito anteriormente, a tinta é bastante conhecida das pessoas, já que através dela, é possível esconder imperfeições e outros itens, como por exemplo, em uma construção. Para tirar o cinza do reboco e acabamento realizado, costuma-se utilizar tintas para deixar a aparência mais convidativa, além de a própria tinta servir como uma proteção ao reboco, evitando deixa-lo exposto às intempéries e outros problemas que possam vir a acontecer.
Mas, quando será que os humanos começaram a conhecer os ingredientes necessários para confecção de uma tinta. Relatos de historiadores indicam que a tinta começou a fazer parte do cotidiano das pessoas há 40000 anos atrás, quando os primeiros exemplares de Homo sapiens, ou seja, nossos descendentes diretos, começaram a realizar as pinturas rupestres, que tinha por objetivo relatar os cotidianos daquela época, que era a caça, a confraternização, a procura por novos locais, enfim. Hoje, existem vários locais no mundo que são reservas arqueológicas e que guardam muitas dessas pinturas, como no Brasil, no Parque Nacional da Serra da Capivara, localizada no estado do Ceará. Nessa reserva, existem inúmeros indícios das primeiras civilizações humanas no planeta, incluindo as pinturas rupestres. Uma das historiadoras de maior prestígio do país e que é responsável por coordenar as atividades do sítio é Niéde Guidon.
Os primeiros ingredientes que foram utilizados para a confecção da tinta foi a hematita, o ocre, carvão vegetal e óxido de manganês. No entanto, era bastante comum a utilização de sangue de animais mortos, provavelmente dos animais que os humanos daquela época utilizavam para se alimentar.
Algumas pessoas devem pensar que as técnicas de pintura daquela época, se comparadas às de agora, são bastante frágeis. Bem, tais indivíduos erraram bem feio. Isso porque, naquela época, apesar de não existir todo o aparato de hoje, as civilizações antigas usavam técnicas bastante impressionantes, e isso pode ser comprovada no Egito, na pequena cidade de Dendera. Passados mais de dois mil anos desde a sua construção, a pintura dos prédios e outros monumentos da histórica cidade ainda são brilhantes e reluzentes a ponto de se poder identificar os seus elementos. Os egípcios utilizavam as cores branca, preta, amarelo, vermelho, verde e azul, e tinham técnicas próprias para realizar as pinturas da melhor forma possível: eles pegavam os pigmentos coloridos de sua escolha, aplicavam-na em uma substância que tinha consistência pastosa, e fazia sua aplicação sem misturar com as outras, isso é, uma a uma. Antes de começar a “fazer arte”, os egípcios, primeiramente, pintavam toda a frente de onde se desejava realizar pinturas de cor branca, e, depois disso, utilizavam preta para desenhar o esboço dos desenhos. A cor vermelha era obtida por meio do tretóxido de chumbo, no qual, geralmente, surgia um tom de vermelho bastante escuro.
Relatos antigos de Plínio, o Velho, também evidenciavam que a civilização humana daquela época dominava e muito as técnicas de pintura. Um desses relatos era da cidade de Ardea, que possuíam prédios com pinturas incríveis e que, mesmo depois de muito tempo de pintados, ainda exibiam um frescor característico da tintura, como relatou Plínio. É estimado que a cidade de Ardea e a construção de edifícios se deu muitos anos antes da fundação de Roma. A propósito, Ardea, cidade pacata de 25 mil habitantes, está localizada na Itália.
As tintas daquela época utilizavam gema de ovo como base para as tinturas, já que ela, ao secar, endurecia, o que deixava as pinturas firmes por muito tempo. Já os pigmentos necessários para dar a coloração às pinturas provinham de areia, plantas e outros itens naturais que pudessem expressar sua cor. No Brasil, por exemplo, o urucum é muito utilizado pelos índios para sua pintura corporal.
O Que É Uma Tinta Condutiva?
Uma tinta condutiva é aquela que, por meio de suas propriedades, podem conduzir eletricidade ou luz, e é muito utilizada com o intuito de criar circuitos para facilitar a condutividade de energia, sem a necessidade de se realizar uma instalação elétrica muito dispendiosa. Alguns vídeos na interne mostram que, utilizando tinta condutiva ou adesivos condutores, é possível criar tomadas sem a necessidade de quebrar paredes ou fazer muita bagunça.
Mas a tinta condutiva, na indústria, é mais utilizada para realizar ligações elétricas entre placas eletrônicas, ao invés do uso da solda, que, apesar de efetiva, é um processo lento e que demanda muito tempo.
No vídeo a seguir, você vai aprender como fazer a sua própria tinta condutiva em casa, de uma maneira simples e rápida. Vale a pena dizer, também, que é recomendado a utilização de ingredientes a base de prata, para que a condutividade seja ainda melhor e mais eficiente.