Os computadores funcionam de forma virtual. Funcionam de um modo que acabamos não vendo ou entendendo perfeitamente. O que acontece é que os números são transformados em informações de maneira que a partir da tela que conseguimos obter todo resultado que essa máquina trabalha. As vezes não damos tanta importância aos nossos equipamento e notamos a sua importância quando ela quebra ou desliga por algum motivo, e assim percebemos que sem esse detalhe nada serve a funcionalidade da unidade central de processamento, sendo a tela apenas um objeto sem utilidade.
Mas qual será a história da evolução desse objeto tão importante? As telas que vemos hoje não foram sempre assim e é incrível perceber por quantos monitores diferentes passamos ao longo de um considerável curto espaço de tempo. Desde monocromáticos e telas grandes e sem design moderno para telas mais modernas e ultrafinas, entenda essa trilha dos monitores.
Durante os anos 50, representar em uma tela dados processados por uma máquina era como se fosse um filme futurista nos dias de hoje, como uma ficção científica. Nesse tempo, a televisão era uma novidade, existia apenas em locais que reuniam muitas pessoas para se encantar com aquele aparelho de última geração.
Os monitores que começaram a surgir nessa época eram gigantes, ocupando vários metros em um sala e tendo milhares de cabos conectados à eles. Nesses tempos, era difícil imaginar que um dia se poderia ter uma máquina dessa dentro da própria casa, e por incrível que pareça foi o fato do advento da televisão que colaborou com a possibilidade de ter um monitor computacional no lar de vários cidadãos.
Com o passar dos anos, em meados da década de 70, os monitores começaram a invadir as casas utilizando um cabo amarelo, o mesmo utilizado para videogames da épica. Esses apresentavam uma conversão de imagens muito limitada e de difícil manuseio. Exemplos desses primeiros monitores caseiros são o ZX Spectrum, Comodore 64 e Commodore Amiga.
Em 1970 o novo lançamento era o VT05 da Dec com um teleimpressor incluso. Nesse momento inédito da história dos monitores, um computador pessoal começou a conseguir utilizar o monitor para demonstrar os dados ao mesmo tempo em que eram processados, ou seja, as informações eram apresentadas em tempo real. Entretanto, somente uma cor conseguia ilustrar as linhas e colunas na tela.
Os monitores monocromáticos apresentavam seus caracteres de um jeito semelhante às televisões, talvez até um pouco mais nítido. O fato de terem uma única cor verde não era um problema para os seus usuários, visto que não tinham capacidade de produzir diferentes imagens coloridas. E apesar de muitos monitores terem usado apenas o verde durante esse período, o laranja também se encontrava no mercado.
Em pouco tempo começaram a surgir as cores, a tentativa de reproduzir imagens com diferentes cores como nas TVs, deu a ideia da utilização dos mesmos tubos de raios catódicos que eram usados nessas máquinas. Sendo assim, foram produzidos os monitores coloridos de CRT, que nada mais eram do que adaptações feitas nas televisões vendidas no período.
Essa evolução fez com que na década de 80 os monitores já apresentassem capacidade de exibir diferentes cores, sendo que gerar uma cor diferente para cada pixel exigia uma grande memória para os computadores da época. O pixel representa uma unidade mínima em um monitor. Quando se utilizava a mesma cor para pixels próximos ocorria o vazamento de cor, uma prática comum dos programadores para tentar gerar um maior espectro de cores para respectivas funções do monitor.
No início da década de 80 as telas mais compactas e com cristal líquido (LCD) começaram a ser utilizadas para computadores. Essas telas apareceram primeiramente em computadores portáteis que eram pouco comprados devido alto custo e por serem pouco eficientes.
Já nos anos 90 as famosas telas LCDs bombaram e começaram a tomar as mesas de muitos escritórios. Esses monitores apareceram com as vantagens de ter uma espessura menor e com uma geometria perfeita. Entretanto, o menor custo das telas CRTs ainda fizeram esse aparelho de maior tamanho permanecer durante longo tempo na casa de muitas pessoas que não tinham poder aquisitivo para a nova tecnologia LCD de alto custo.
Hoje em dia, essas novas telas já se encontram em um valor mais econômico que permitiu sua popularização em diversos países, sendo o monitor que mais vende no mundo atualmente. Sua tela permite visualização de imagens que não variam muito e não produzem radiações fortes, não incomodando a visão do telespectador, que as vezes pode até mesmo adquirir um modelo que funciona como televisão e como monitor de computador.