Pode parecer frase de desenho animado, “para que serve esse botão”, no estilo Pica-Pau e suas armações, mas essa pergunta com certeza já passou pela sua cabeça enquanto olhava para o teclado do seu computador e via algumas teclas que você jamais usou e não faz a mínima ideia do seu motivo de existência. Apertar para descobrir pode não parecer muito convidativo, mas acredite, na maioria dos casos não vai fazer mal nenhum por que elas não servem para mais nada.
Estão ali, mas não são Necessários
Alguns botões dos teclados de computador são como dentes cisos, coma evolução perderam a utilidade, mas nem por isso deixaram de existir, e por vezes, causar problemas. São exemplos vivos desse desuso evolucional os quatro “cisos” do teclado: “SysRq”, “Insert”, “Scroll Lock” e “Pause/Break”.
Em tempos remotos, quando os computadores ainda tinham telas esverdeadas e os discos rígidos não passavam de alguns megabytes, os programas não rodavam em belas janelas com barras coloridas e alternáveis. Tudo rodava invariavelmente em tela cheia, e não era possível rodar mais de um programa de cada vez. Para finalizar esses programas e fazer outras tarefas com o sistema só havia um caminho: a tecla SysRq.
O nome do botão é System Request, algo como “Requisição ao Sistema”. Hoje, a tecla jaz nos esquecimento ao lado do bastante útil Print Screen.
Falando em utilidade, e nesse caso, na falta dela, vem o Insert. O botão deveria se chamar originalmente Overscript, uma vez que sua função de inserção já está habilitada por padrão, o botão faz é desliga-la. O Insert pode ser particularmente útil em casos onde o campo de preenchimento é curto e você não quer perder de vista o que já está escrito, para todos os outros, é só um estorvo.
O Scroll Lock permite rolar a tela como uma barra de rolagem. Era conveniente quando ninguém tinha tido a brilhante ideia de colocar a função scroll no mouse. Hoje em dia, com os mouses contando com scroll na vertical e até na horizontal, esse botão caiu no esquecimento junto com os demais.
Por último, mas não menos desimportante, vem o “pause/break”. Em termos longínquos, quando a interface gráfica era sonho dos filmes de ficção científica, a tela dos computadores era preenchida com cascatas de letras esverdeadas. Não estou falando de algo parecido com as vistas em Matrix, para os que se lembraram do clássico filme de 1999. Estou falando de algo parecido com o que se pode ver no prompt de comando do Windows. Uma porção de letras e códigos que passam correndo pela tela sem que, muitas vezes, haja tempo para entender tudo o que se passa. E é aí que entrava o pause/break para paralisar ou parar de vez os comandos em cascata na tela.
No caso dos botões sobressalentes no seu teclado pode ser até uma ideia plausível fazer como os dentes cisos e arrancá-los de uma vez. Por outro lado, os pobres aposentados não estão fazendo mal a ninguém não é mesmo?
Por Thiago Resende