Hoje, o mundo está totalmente interligado pela internet, não é mesmo? Algo que acontece no Japão, do outro lado do mundo, em poucos segundos já se pode saber o que aconteceu por lá por alguém que esteja no interior do estado do Alagoas, por exemplo. Isso mostra a capacidade de que a internet conseguiu conquistar nos últimos anos.
É cômico notar o quanto a internet foi subestimada pelos principais meios de comunicação, como emissoras de TV, de rádio, jornais e revistas, que acreditavam que não iam perder o seu status em detrimento de uma ferramenta que estava cercada de problemas e que mal poderia ficar estável. Isso foi nos anos 1990. Hoje, podemos ver com tranquilidade que a internet, de fato, mostrou ao que veio: hoje, a TV e o Rádio estão fadados ao esquecimento caso não adotem a internet como meio propagador. As revistas e jornais impressos, então, nem se fala.
Muitos especialistas dizem que esse fenômeno se dá por conta de que a internet foi a grande responsável por democratizar o acesso da informação entre todas as classes sociais, desde as mais altas até as mais baixas. Ou seja, ter a sensação de ter todo o mundo diante de uma tela, com a liberdade que a internet possuí é uma coisa que encanta a todos.
Mas, quando é que a internet, de fato, chegou até o Brasil? Essa é uma dúvida que iremos sanar a você nesse artigo, além de dar alguns detalhes sobre a escalada da internet por aqui. Confira:
A Internet no Brasil
De acordo com registros históricos, a internet no Brasil iniciou suas operações em 1988, mesmo ano que ela chegou a diversos outros países também. A iniciativa de trazer a internet para o país partiu da comunidade acadêmica de São Paulo, no qual a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, a FAPESP, a Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ, bem como, também, a LNCC – que é o Laboratório Nacional de Computação Científica foram as parceiras fundamentais para que isso ocorresse.
Só no ano seguinte, em 1989, é que o Ministério da Ciência e da Tecnologia criou uma comissão que ficaria a cargo de estudos para poder viabilizar o acesso da população até esse novo serviço que, até pouco tempo atrás, era um segredo militar o qual se sabia muito pouco. Uma das primeiras decisões tomadas para que a internet começasse, de fato, a operar por aqui, foi um projeto que fazia a interligação das diversas instituições educacionais espalhadas pelo país à internet. Nem é preciso dizer o quão importante foi essa movimentação para que a educação pudesse ter um salto em relação aos anos anteriores por essa inclusão de primeira viagem a uma ferramenta tão nova e que, anos depois, mostrou que só tinha a agregar com todo o processo científico desenvolvido por essas instituições.
Internet no Brasil
Vale a pena lembrar que, durante esse período, a internet não era disponibilizada ao público em geral: isso porque ela ainda estava passando por diversos testes que buscavam testar a sua estabilidade e o quanto de dados ela suportaria caso fosse disponibilizada comercialmente. E assim foi até que, em 1994, a então estatal Embratel lançou um plano de comercialização da internet, de modo experimental, para ver como os consumidores iam reagir à novidade. As etapas posteriores foram realizadas entre 1995 e 1996, até que os ajustes fossem realizados, de modo a identificar a quantidade de dados que a internet poderia suportar. Foi em 1996, portanto, que a internet conseguiu ganhar o “/BR”, indicando que, a partir dali, a internet estava fundada oficialmente no país.
A Internet Discada
Internet Discada
Durante os anos que se seguiram, a internet que era oferecia aos consumidores era nada mais nada menos do que a temida internet discada. Isso porque a internet discada dependia e muito da rede de telefone das casas. E, quando essa internet estava carregando alguma página na web era muito necessário o uso dos dados do telefone. Sendo assim, o uso do telefone durante a execução da internet era terminantemente proibido, de forma que as pessoas acabavam por se tornarem reféns dos próprios equipamentos.
Outro fator negativo da internet discada era que, quando o tráfego estava intenso, a rede era muito lenta, o que deixava a todos muito irritados com essa postura. Porém, estamos falando de uma época compreendida entre os anos 1996 a 2006. Ou seja, naquela época, a lentidão não era muito perceptível. Esses padrões, no entanto, estariam totalmente desaprovados nos dias de hoje.
A Banda Larga
Até que a população foi apresentada à internet banda larga. Nesse padrão, não era necessário ter uma conta de telefone ativa, sendo um serviço oferecido independente da linha telefônica. Além dessa vantagem, a velocidade da internet era mil vezes melhor. Ou seja, muitas pessoas decidiram migrar para a internet banda larga, dando adeus ao terrível discado. Só que, temos que nos atentar que a rede banda larga, na época, era muito cara para a maioria das pessoas pagarem. E, só com o tempo, é que o serviço foi ficando mais acessível para as demais pessoas.
Atualmente, não se tem somente a internet banda larga, que apresentou uma evolução muito considerável: hoje temos a nossa disposição a internet via fibra ótica, que oferece uma conexão mais rápida e também muito estável, de modo que não se precisa preocupar muito com os problemas acarretados pelas conexões ultrapassadas.
O mapa de uso da internet hoje no Brasil mostra que a grande maioria dos consumidores têm a rede de banda larga, com o crescimento do uso da internet via fibra ótica. Mas, uma coisa que chamou a atenção é que ainda existe uma grande parcela da população que utiliza a internet discada. É bastante interessante pois dá para notar que a desigualdade é realmente um grande problema em nosso país, haja vista que alguns lugares sequer a internet ainda deu as caras.
Banda Larga
Diversos programas visam buscar apoio internacional para que a internet possa chegar cada vez mais longe, para aqueles lugares mais remotos possíveis. O Facebook e o Google, por exemplo, investiram na criação de “balões” de internet, que se encarregariam de levar a internet para esses locais por meio de balões que estariam acoplados com retransmissores, nos quais iriam transmitir a internet por meio de satélites. É uma estratégia que tem sido utilizada, por exemplo, para que povos indígenas bastante isolados possam ter acesso à internet, ou, também, populações ribeirinhas que vivem muito distante dos grandes centros comerciais.
A tendência é que o acesso à internet fique ainda maior entre as pessoas, já que as tecnologias para isso estão sendo atualizadas a cada instante, permitindo que o mundo possa evoluir e muito no quesito da internet.
Hoje, é impossível imaginar o mundo sem internet. Estima-se que se a grande rede mundial de valores ficasse sem funcionar por apenas um segundo, as perdas econômicas e sociais seriam incalculáveis. Inacreditável, não é? Mas é o poder da tecnologia.
E Quem Administra a Internet no Brasil?
Ilustração da Internet no Brasil
Assim como o rádio e a televisão dependem do aval do governo e de uma comissão para operar as concessões disponíveis no país, com a internet não seria diferente: Desde junho de 1995, o Comitê Gestor Internet, que foi criada por uma parceria firmada entre o Ministério das Comunicações e o Ministério da Ciência e Tecnologia é o responsável por gerenciar as redes de internet brasileira e traçar planos para melhorar ainda mais o acesso das pessoas a essa ferramenta que virou um dos direitos fundamentais dos seres humanos nos últimos tempos. A comissão é formada por membros tanto do Ministério das Comunicações quanto por membros do Ministério da Ciência e da Tecnologia. Só que, além dessas pessoas, existem representantes das áreas acadêmica e comercial, de modo a dar suporte na formulação de políticas para o acesso das pessoas a essa ferramenta. Os resultados alcançados nas últimas décadas têm sido bastante satisfatórios.
