Nós, seres humanos, chegamos ao planeta Terra há mais de um milhão de anos atrás. É claro que não chegamos totalmente moldados como somos atualmente. Isso significa, em outras palavras, que passamos por diversas evoluções que nos ajudaram a perceber e ter o raciocínio que possuímos hoje.
Atualmente, existem mais de 7 bilhões de pessoas no planeta, que estão divididos nos seis continentes do mundo. Os locais mais povoados estão localizados na Ásia e na América. Nesse primeiro continente, por exemplo, estão os dois países mais densamente povoados no mundo, que é a Índia e a China, sendo, essa última, o país mais populoso do planeta. Há indícios que a Índia irá ultrapassar a China em número de habitantes em um futuro não muito distante.
E, com um número tão grande de pessoas, é muito válido pensar que ninguém é igual a ninguém, principalmente em se tratando de aspectos físicos e mentais. E, por falar nessas questões, um dos maiores debates que sempre fez parte do cotidiano foi sobre a inclusão de pessoas com deficiência (física ou mental) na vida social, amorosa, estudantil e profissional. São grandes os números de institutos que estão voltados para casos do tipo.
Uma grande aliada nesse quesito é a tecnologia. Ela está cada vez mais antenada com esses casos, ajudando a procurar meios para poder incluir essas pessoas no seio social. São as chamadas tecnologias assistivas, que são meio “recentes” nesse caso.
O Que É Uma Tecnologia Assistiva?
Uma tecnologia assistiva nada mais é do que um termo novo, surgido com a necessidade de se criar métodos de inclusão de pessoas que possuam algum tipo de deficiência. O conceito teve surgimento desde que, no mundo, fora constatada um número significativo de pessoas com problemas de coordenação motora, dificuldades intelectuais e cognitivas, além, também, das deficiências físicas. Só no Brasil, por exemplo, o número de pessoas com algum tipo de problema chega a catorze por cento. Uma das justificativas para a existência da tecnologia assistiva é de assegurar, a qualquer custo, o direito dessas pessoas de serem cidadãos plenos, podendo gozar de todas atribuições às pessoas, como estudar, trabalhar, se relacionar socialmente, entre muitas outras coisas. Vale salientar, também, que esta tecnologia têm a missão de conscientizar as demais pessoas sobre a importância de entender os problemas sofridos pelas outras e, também, de ajuda-las a se estabelecer em suas vidas e carreiras.
Quando se fala em tecnologia assistiva, muitos pensam em diversas coisas complexas. Na realidade, qualquer tipo de coisa desenvolvida, sendo ela simples ou não com o intuito de auxiliar essas pessoas, já pode ser considerada como uma tecnologia assistiva. Equipamentos com o intuito de ajudar na locomoção, bem como ferramentas para poder ouvir e enxergar melhor, equipamentos de informática com a devida adaptação, softwares com objetivos de auxiliar na aprendizagem ou, também, equipamentos que visam melhorar a postura corporal já fazem parte do hall de tecnologias assistivas.
Em se tratando de tecnologias para o dia a dia, elas se caracterizam como tudo aquilo que pode ser adaptado à situação do paciente para que ele possa viver o seu cotidiano da forma mais natural possível. Nesse caso, qualquer que seja a adaptação, com algum tipo de equipamento específico ou não, mas que possa permitir o bem-estar do paciente pode ser considerado, sem medo, como uma tecnologia assistiva.
Um exemplo de tecnologia assistiva para o dia a dia das pessoas com deficiência é o do telefone público com fitas amortecedoras. Como você pode lembrar, os orelhões são locais onde se pode realizar ligações para outras pessoas, mediante a colocação de um cartão com os devidos créditos para serem gastos (ou ligando a cobrar para um outro número). Nesses casos, uma alça flexível é colocada no punho da pessoa, para que ela possa encaixar o telefone e não se sentir cansada ao fazer uso dele. Essa alça flexível é bastante interessante, justamente por poder ser utilizada em outras situações, também.
Uma outra adaptação para as pessoas que tem uma mobilidade mais reduzida é a do zíper, que, como se sabe, pode ser bastante difícil de ser manuseado dependendo da deficiência que a paciente porta. Nesse caso, a sugestão é a substituição dos zíperes pelo velcro, por ser mais fácil de fechar, não necessitando que terceiros tenham que vir ajudar essa pessoa a se vestir, por exemplo, preservando a intimidade de ambas as pessoas, inclusive.
Uma das tecnologias assistivas mais conhecidas é a cadeira higiênica ou, como todo chama, de cadeira de banho. Trata-se de uma cadeira feita especialmente para esse fim, que tem o assento em formado da tampa do vaso sanitário, para que a pessoa possa se sentar e tomar o banho bem tranquilo e sossegado. Essas cadeiras são recomendadas para as pessoas que tenham problemas físicos ou distúrbios mentais que prejudicam o equilíbrio. Geralmente, é bastante usado pelos idosos ou por quem tenha sofrido algum problema no cérebro – como um AVC, por exemplo.
Stephen Hawking
Às vezes, a ideia de tecnologia assistiva, bem como essas próprias tecnologias estão sempre a frente de nós, mas, muitas vezes, não conseguimos percebê-la. Pegamos, então, o caso de um dos físicos mais importantes dos últimos anos: Stephen Hawking. Nascido em Oxford, em 1942, o físico era portador da Esclerose Lateral Amiotrófica, que é designada pela sigla ELA, e, com o tempo, fora perdendo os movimentos dos membros inferiores e superiores. Mas isso não o impediu de seguir a diante com suas pesquisas. Com o tempo, foi perdendo, também, a capacidade de falar. Com isso, utilizou um sintetizador para poder falar a todos, inicialmente e, depois desenvolveu um sistema ele próprio onde um computador poderia traduzir o seu “pensamento” e falar por ele, por conta da ausência de sua voz. E assim foi, até o ano de 2018, quando, no dia 14 de março, o mundo foi pego de surpresa por conta da morte do cientista, que, de início, queria cursar matemática, mas acabou optando pela física, fazendo a sua história e deixando a sua marca no mundo. Ou seja, essas ferramentas utilizadas para que ele pudesse se comunicar são tecnologias assistivas.