TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) consistem em formas tecnológicas para transmitir informação e se comunicar. Basicamente consistem em canais de comunicação baseados em software, hardware e telecomunicações. Atualmente, as TICs estão presentes em diversos segmentos e sua aplicação na educação vem sendo muito discutida.
O centro da discussão está no fato de que nem todos os professores concordam sobre a eficiência dessas tecnologias em sala de aula. Ainda há quem resista a adoção de equipamentos tecnológicos como ferramenta de ensino. A seguir vamos apresentar formas de utilizar essas ferramentas sem fazer o julgamento de valor a respeito das TICs ser boas ou ruins.
Ressaltamos que as tecnologias, assim como outras ferramentas, não tem em si um caráter bom ou ruim, tudo depende da maneira como são empregadas. Outra questão é que a figura do professor jamais poderá ser substituída por uma máquina, pois além de transmitir conhecimento cabe a ele ser empático quanto as questões de cada aluno, algo que máquinas não podem fazer. Então vamos conhecer o papel das TICs na educação?
TIC na Educação: Breve Histórico
TIC na Educação
No ano de 2009 a UNESCO trouxe para o Brasil o projeto internacional chamado “Padrões de Competência em TICs Para Professores” e em 2014 lançou um guia de como utilizar a tecnologia para fins educacionais. A tecnologia vem assumindo um papel cada vez mais relevante na maneira de nos relacionarmos com o próximo e de aprendermos coisas novas.
O trabalho da UNESCO para a divulgação das TICs na educação se baseia na sua crença de que essas ferramentas podem ajudar a tornar o processo mais equilibrado em termos de qualidade independente das condições sociais dos indivíduos. Mais do que pensar na sala de aula em si é necessário desenvolver formas para que os professores tornem-se mais qualificados melhorando sua gestão durante as aulas.
TICs na Prática Educacional
As possibilidades de contribuição das TICs na educação são diversas, mas isso nos abre uma questão fundamental, será que o professor está mesmo habilitado para essa nova realidade? Um computador irá capacitar o professor para atuar em sala de aula? Ele deve e saberá criar uma fanpage no Facebook ou um blog? Saberá gravar, editar e postar um vídeo de uma aula importante num canal do YouTube?
Essas são questões muito relevantes de serem consideradas pelos diretores e coordenadores de escola antes de partirem para a inserção da tecnologia nos ambientes educacionais. Se existe resistência, rejeição ou desconhecimento de como usar as ferramentas tecnológicas num contexto educacional pelo maior ator desse ambiente – o professor – mostra-se essencial um trabalho focado na capacitação do mesmo.
O professor deve ter a oportunidade de entender como se usa a ferramenta e quais são as possibilidades abertas por ela. Esse profissional precisa de um tempo de envolvimento com as ferramentas para que possa testá-las e experimentá-las. Capacitação é a chave para quebrar paradigmas instaurados. É mais do que simplesmente usar as TICs por usar, é preciso passar por um processo de desconstrução seguido por outro processo de construção.
TICs na Educação Presencial
TICs na Educação Presencial
Algo interessante é que muitas pessoas associam a ideia de tecnologia na educação somente com o ensino à distância. Contudo, as TICs podem e devem fazer parte do contexto educacional presencial. É uma ferramenta de aprendizagem que potencializa o acesso a mais oportunidades para um grupo maior.
Além disso, não podemos deixar de mencionar a contribuição bastante significativa que as tecnologias têm para ajudar a tornar a educação de pessoas com necessidades especiais (NEE) mais assertiva. Para indivíduos que possuem deficiências sensoriais como surdez e cegueira esses recursos são bastante relevantes para ajudar no seu processo de aprendizagem e comunicação. Para pessoas com paralisia cerebral já existe uma tecnologia aumentativa e alternativa que permitem interagir e se comunicar com o mundo exterior demonstrando como pensam e se sentem.
Estão sendo realizados inúmeros estudos que demonstram como aplicativos para smartphones e tablets contribuem para o melhor desenvolvimento educacional de crianças com dislexia. Essas ferramentas ajudam as crianças a fazer uma interpretação mais completa em sua leitura além de permitir a conversão de um texto escrito para áudio para estudantes cegos.
Dicas Para Um Bom Uso das TICs
Uma das grandes barreiras para a difusão do uso de TICs na educação com sucesso está no mau uso feito por pais, professores e pelas próprias crianças. Pensando nisso reunimos algumas dicas de como conferir um uso mais assertivo para as ferramentas digitais.
– Melhor Uso de Ferramentas Digitais Para os Pais
Os pais devem dedicar parte do seu tempo a conhecer melhor os jogos que os seus filhos gostam. Avalie o conteúdo e esteja aberto para conversar com seus filhos a respeito. Não se deve dar livre acesso a internet para crianças, pois há uma série de armadilhas digitais para os pequenos.
É necessário estabelecer um controle de tempo para que as crianças fiquem online e usufruindo de outros eletrônicos como a televisão, por exemplo. Os pequenos precisam ter faz de conta em sua infância para desenvolver a sua imaginação. O período do dia em que as crianças irão jogar também deve ser escolhido com atenção. Não é recomendado jogos de videogame à noite, esse é um momento em que a criança precisa ficar com sua mente relaxada para que possa dormir.
– Melhor Uso de Ferramentas Digitais Para os Professores
Ferramentas Digitais Para os Professores
O professor precisa ter pleno conhecimento das ferramentas que irá utilizar antes de leva-la até os seus alunos. O educador tem a missão de mostrar aos alunos que a ferramenta tecnológica também possui a finalidade de ajudar na aprendizagem. Uma forma de situar as TICs como ferramentas relevantes é através do planejamento de atividades que as tenham como seu centro. Use a sua criatividade para estimular seus alunos a utilizar tais ferramentas como base de aprendizagem.
As tecnologias precisam ser utilizadas de uma forma lúdica e divertida, mas sem que se perca o objetivo educacional. Os estudantes precisam aprender com as TICs, se houver diversão e envolvimento durante o processo será ainda melhor. O professor pode e deve facilitar a jornada em busca do conhecimento.
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