Todos sabem que a educação é a única solução para que um país possa crescer, se desenvolver e se tornar mais forte a crises que, porventura, possam a vir desestabilizar o sistema econômico e social de uma nação. Pesquisas indicam que, uma nação mais “educada” consegue ter maiores ganhos econômicos e avanços sociais do que aqueles países que rejeitam investir em instituições educacionais para dar atenção a outros setores que, assim como a educação, são importantes para um país crescer, como a economia.
O Brasil, infelizmente, é um dos países que sofre com uma educação precária (na parte pública do ensino fundamental e médio) e que luta há anos contra índices negativos, que mancham a honra da nação perante o mundo. No entanto, ultimamente, algumas ações vêm sendo tomadas para a reversão desse quadro, como a adoção do horário integral nas escolas estaduais, e a liberação de verbas para a ampliação e construção de escolas, creches e até mesmo a expansão de universidades, sendo que, diferente dos outros ensinos, o ensino superior público do Brasil é bastante avançado, sendo um dos melhores do mundo e o diferencial: É um dos poucos países a oferecer cursos superiores completamente gratuito.
Entretanto, já é consenso não só no Brasil, mas no mundo, de que a educação tradicional está com os seus dias contados. Isso será exemplificado no post de hoje, que irá refletir sobre a inserção das novas tecnologias nas salas de aula, assim como algumas curiosidades acerca do assunto. Confira.
A Educação Tradicional E O Seu Sucateamento
A maioria das pessoas que estudaram nas escolas tradicionais, tinham praticamente a mesma rotina: Iam para a escola, estudavam cerca de 4 horas dentro de uma sala de aula, ouvindo constantemente o sinal de troca de professor, de saída para o intervalo, de retorno, enfim. Uma verdadeira rotina. Vários críticos dizem que a escola, nada mais é do que uma preparação para a vida fabril, já que, nas fábricas, os sinais de trabalho e intervalo são idênticos aos da escola; se o aluno se habitua ao som do sinal para fazer ou não uma coisa, não haverá problema se repetir o mesmo nas indústrias.
Pensando nisso, muito se tem discutido, há muito tempo, de como transformar a escola num local realmente de conhecimento, onde o aluno possa ter a liberdade de aprender aquilo que ele tem interesse, sem ser obrigado a passar por coisas que ele julga desnecessário. Outro aspecto que tais críticos batem o pé são as temidas provas. Em suas avaliações, tais testes não avaliam, de fato, o aprendizado do aluno, mas sim, a sua capacidade de lembrar dos conceitos passados em aula. Eles argumentam que as provas são só um meio de angariar o porquê de um aluno passar de ano, sem interesse se ele irá reter a matéria futuramente (o que, 99% das vezes, não acontece).
Para que o ensino possa engatar a primeira marcha, isso é, possa mostrar um crescimento notório, os especialistas em educação propõem que os professores devem ouvir os seus alunos. Identificar quais são os seus anseios, bem como as suas aspirações para o futuro e, só assim, os professores pautarem o seu ensino baseado no que os alunos querem, de fato, aprender.
Alguns vão mais longe, sugerindo que o formato da sala de aula deveria mudar: como todos sabem, uma sala de aula convencional se organiza com as carteiras viradas para a frente, para onde está localizado o professor. São fileiras contendo várias carteiras, todas alinhadas. Os especialistas recomendam uma maior dinâmica nesse caso, ficando a cargo do professor mudar essa dinâmica conforme a sua aula: formando um círculo com as mesas, por exemplo, com o professor no centro e com a possibilidade dos alunos olharem uns aos outros com facilidade cria uma sensação de acolhimento e debate, onde os alunos podem expressar suas ideias e não ter medo de não serem reconhecidos.
As Novas Tecnologias
Uma outra ideia bastante discutida é a inclusão das novas tecnologias ao método de ensino. É consenso que, atualmente, não se pode viver mais ignorando um mundo que só tende a crescer e a deixar mais fácil a vida humana: estamos falando da internet. Por lá, ou melhor, por aqui, rola muita informação, que pode ser usada de forma positiva na arte de ensinar.
É consenso, também, que o smartphone virou quase que uma peça de roupa, e muitos jovens possuem um aparelho desse tipo, que possa permitir o contato dele mais íntimo com a internet. E porque não usar isso a favor da educação?
Alguns especialistas defendem que os professores, munidos de verba e de criatividade, podem instigar os alunos a aprender por meio dessa ferramenta: criando jogos relacionados à matéria, quiz em tempo real, onde os alunos podem responder a perguntas feitas pelo professor por meio de aplicativos que retornam os resultados para o professor, sendo tais resultados mostrados no slide, por exemplo.
O desenvolvimento de novos métodos de ensino também pode ser delegado aos alunos, já que eles dominam o modo de usar a internet como ninguém. Por meio de estímulos, pode se influenciar um aluno a criar um aplicativo que ajude uma pessoa com uma matéria em especial que ele possa ter dificuldade. Além de ajudar o próximo, ele pode lucrar em cima disso, disponibilizando o seu app em uma loja de aplicativos no smartphone, despertando, ainda, o sentimento empreendedor e criativo do aluno, que pode começar a tomar gosto pela área.
Em algumas universidades brasileiras, a interação aluno-professor-conteúdo já é realidade: Muitos professores optam por passar a matéria utilizando o smartphone ou o notebook como um meio de diálogo com o aluno, o que é muito efetivo, já que procura o aluno onde ele sempre e gosta de estar: no meio digital. Certa vez, foi realizada uma dinâmica em uma Universidade Federal no qual um jogo online foi criado para que os alunos respondessem às perguntas do professor, em equipe. O resultado foi que 1005 dos alunos participaram, o que prova que as novas tecnologias, apesar de tidas como ‘desvios’, podem ser utilizadas de maneira inteligentes por quem enxerga à frente.
Não há como fugir ao avanço tecnológico e a pré-ciência deste; a informatização veio para ficar, sua inserção social conota-se imprescindível.