História do Scrum

O desenvolvimento da indústria está cada vez mais atingindo níveis que não seriam imaginados há, pelo menos, 10 anos atrás. Vamos voltar a 2009: o mercado de celulares estava bombando, com novidades chegando a todo momento. Porém, naquela época já não se imaginava que estaríamos hoje vendo informações em tempo real diretamente pelo celular – que evoluiu e se transformou em um smartphone, com acesso pleno à internet e com capacidade de fazer coisas que um computador também pode fazer.

Com tamanha evolução da tecnologia e, por consequência, das indústrias, nada mais justo do que os processos melhorarem na mesma proporção. Foi assim que a indústria automobilística conseguiu se transformar de uma indústria “artesanal” e passar a fabricar carros em larga escala, como foi o caso de Henry Ford.

O engenheiro que deu vida à montadora  Ford acreditava que era necessário que as pessoas pudessem comprar um carro, independente de sua faixa de renda. Com uma série de estudos e de mudanças em relação ao modo tradicional de fabricação, Ford conseguiu instituir a linha de produção que, como atrativo principal, conseguiu reduzir muito o tempo de espera: de aproximadamente 12 horas pra construir um veículo, um carro novo saia da linha a cada quarenta segundos, o que fazia com que o seu preço caísse bastante.

É claro que, para cada tipo de produto é necessário pensar uma maneira de reduzir custos e, ao mesmo tempo, agilizar o processo. No caso do desenvolvimento de softwares, por exemplo, temos uma nova metodologia que vem sendo aplicada cada vez mais nas desenvolvedoras: o SCRUM. Mas você conhece mais a fundo sobre essa ferramenta? Aqui, você vai saber para quê e como ela funciona, bem como a sua história. Confira:

O SCRUM

O SCRUM nada mais é do que uma ferramenta criada especificadamente para ser utilizada em projetos de software, na qual o seu principal intuito é fazer com que o projeto seja rentável e, ao mesmo tempo, faça com que os responsáveis por esse projeto sejam mais rápidos. Diferente do que algumas pessoas acreditam, o SCRUM não foi criado como uma forma de produzir softwares, mas sim com várias técnicas para deixar o desenvolvimento mais rápido e menos custoso. Ele alia as melhores técnicas de gerenciamento de processos, visando deixar todo o desenvolvimento bem claro a todos os componentes que estiverem desenvolvendo o projeto.

Scrum

Scrum

História

O SCRUM começou a ser aplicado a partir dos anos 1980, como uma série de regras para ajudar no desenvolvimento de softwares, numa época onde o consumo de computadores e de programas para a execução nestes estavam começando a se proliferar entre as pessoas. Takeuchi e Nonaka foram os responsáveis por notar que projetos que poderiam ser divididos em pequenas equipes para serem realizados apresentavam resultados bem melhores do que aqueles onde um projeto era levado totalmente por apenas uma equipe.

Em 1993, ele foi aplicado pela primeira vez em uma empresa estadunidense, sendo que o sucesso foi quase que imediato. E, em 1995, começou a ser implementado nas empresas de desenvolvimento de software em todo o mundo.

O Funcionamento do Scrum

Basicamente, o SCRUM funciona da seguinte maneira: uma equipe que ficará responsável por cada setor de um projeto será submetida a um “chefe” geral, que será o responsável por encaminhar uma série de pedidos para os integrantes do projeto. Depois que ele fizer essa lista com tudo aquilo que ele deseja para o projeto ao todo (ou apenas para um dos segmentos deste) a equipe irá analisar para ver se os pedidos são viáveis. A partir do momento das considerações da equipe, o papel retorna ao chefe, que irá conferir se o que a equipe propôs está dentro dos padrões.

Se estiver, ele autoriza o início do processo de desenvolvimento. Assim o projeto pode ser tocado simultaneamente, nas quais as equipes que ficarão responsáveis por cada área poderão intercambiar conhecimento entre si para poderem encontrar as melhores soluções para o projeto. Mas como irão fazer isso?

Funcionamento do Scrum

Funcionamento do Scrum

Os SPRINTS

Basicamente, um dos pontos-chave do SCRUM é, justamente, a possibilidade de todos os membros do projeto poderem opinar sobre alguma área em específico, podendo sugerir edições ou até mesmo identificar erros que tenham passado despercebido. E é aí que entra o diferencial do SCRUM:

Cada parte do trabalho é dividido nos chamados sprints. Tais sprints são diários, ou seja, um sprint inicia e termina no mesmo dia. Depois que um sprint é fechado, no dia seguinte antes a abertura do próximo, toda a equipe se reúne, geralmente na parte da manhã, para mostrar os resultados, bem como, também, indicar se houve algum progresso. Nesse momento, os membros debatem entre si para poderem sugerir melhoras ou encontrar erros.  Essas sprints não costumam demorar, chegando ao máximo de trinta minutos diários.

Pense bem: não é melhor identificar um problema ainda no início, do que levar todo o projeto “nas coxas” até que, ao chegar na parte final de revisão, encontrar esse problema? O gasto de dinheiro para consertar será muito alto, bem como, também, existirá a perda de tempo com a correção, que poderia ser empregada para outra coisa mais produtiva, além de dar voz a todos os membros do projeto, criando um ambiente muito mais harmônico e propenso a uma troca saudável de ideias. Lembrando que nenhum problema, por menor que seja, é ignorado e o principal: ninguém é penalizado por descobrir um problema que não tinha sido notado antes, mesmo que não tenha sido parte de seu projeto.

SPRINTS

SPRINTS

Vale a pena dizer que o SCRUM não é um projeto “engessado” e já pronto a ser entregue para as empresas: ele tem o dom de se adaptar à cultura da companhia, absorvendo todos os conceitos particulares e retornando uma programação que seja compatível com tudo aquilo que possa ter sentido no desenvolvimento de um software.

Além disso, um dos grandes diferenciais do SCRUM está relacionado com a presença do cliente em todo o processo, sendo que o principal, obviamente, é a saída, ou seja, o projeto finalizado. Porém , o cliente pode opinar em todos os processos, pois ele passa a ter acesso a dados de tudo aquilo que foi produzido até então.

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