Maratona Full Cycle Developer

Nos últimos tempos o mercado de desenvolvimento passou por algumas mudanças sendo a mais pontual delas as funções que cabem ao desenvolvedor. Esse profissional que antes era responsável apenas por desenvolver o código está trabalhando também na criação da solução, ou seja, ele está realizando o ciclo todo.

A partir dessa mudança de paradigma surgiu o Full Cycle Developer que possui um escopo de atividades bem mais amplo. O profissional que assume essa função deve ter pleno conhecimento de todo o ciclo de desenvolvimento encontrando soluções que antes ficariam a cargo de outra equipe.

Com tantas atribuições é essencial que esse desenvolvedor seja muito bem capacitado e uma das formas de se tornar mais qualificado para cumprir esse papel é participar de uma maratona Full Cycle Developer. Hoje em dia, há diversos eventos online e gratuitos para contribuir para a formação de novos desenvolvedores. Esse movimento do mercado é justificável pela grande necessidade de ter bons profissionais para essa função. Continue lendo para entender mais sobre Full Cycle Developer.

Ciclo de Vida de Desenvolvimento de Sistemas

Para entender o papel e a relevância de um Full Cycle Developer é necessário conhecer um pouco mais sobre os processos de desenvolvimento de softwares. Estamos falando sobre o SDLC (Software Development Life Cycle) que na tradução em português fica como Ciclo de Vida de Desenvolvimento de Sistemas. Basicamente é um esquema em que estão apresentadas todas as fases envolvidas no processo de desenvolvimento do software assim como a ordem em que elas devem acontecer.

Full Cycle Developer

Full Cycle Developer

A ideia por trás do SDLC é apresentar as etapas necessárias para o desenvolvimento de um software. Há variações de literatura para literatura quanto às etapas de cada fase assim como as suas nomenclaturas. A seguir vamos explicar um pouco melhor as fases de desenvolvimento do software.

– Primeira Etapa: Design

O design a que essa etapa se refere é o design da arquitetura do software e não da sua interface. Nessa etapa é realizado o levantamento dos requisitos para entender como será a sua aplicação para compreender como ela funcionará e quais as regras do negócio.

– Segunda Etapa: Desenvolvimento da Aplicação (Develop)

Com a etapa do design concluída chega o momento de desenvolver a aplicação de uma forma geral.

– Terceira Etapa: Teste (Test)

Testar o software permite compreender se ele está funcional e reduz significativamente a chance de bugs na sua produção. Ressaltamos que há inúmeras maneiras de testar softwares, uma das mais comuns é o teste manual. Podem ser usadas algumas ferramentas desenvolvidas especialmente para esse teste.

– Quarta Etapa: Produção do Projeto (Deploy)

A etapa de Deploy nada mais é do que colocar o projeto em produção, atualmente, essa etapa adquiriu muito mais complexidade devido ao surgimento de aplicações bem mais críticas. Conforme o tipo de aplicação pode existir vários tipos de deploy.

Deploy

Deploy

– Quinta Etapa: Operação

Nessa etapa a responsabilidade passa a ser da área de operação, isso significa que se o software cair fica a cargo dessa equipe resolver. Mas, será que eles conseguirão encontrar os problemas e solucioná-los haja vista que não são os desenvolvedores dos códigos? Executar algo que não produziu é um grande desafio para as equipes de operação.

– Sexta Etapa: Suporte

Para fechar o ciclo de vida de um software há a equipe de suporte que tem como função garantir que a interface estará preparada para o usuário final, independente de quem ele seja. A função principal dessa área é garantir que o software esteja sempre operante assim como realizar a sincronização entre as demais áreas como testes e desenvolvimento.

Especialização

Durante muito tempo as empresas priorizaram montar equipes com profissionais de desenvolvimento especializados em cada tarefa. Profissionais que atuavam em projetos de grande porte passaram a ser alocados para trabalhar em uma das etapas do ciclo e apenas nesse bloco. Os projetos passaram a ter programadores especializados em linguagens específicas, um tester, um arquiteto, um profissional de operações etc.

A ideia é que cada etapa do ciclo de vida de um software tivesse uma equipe especializada para resolvê-la. Passou a existir uma divisão clara de tarefas, o desenvolvedor só desenvolve, o responsável pela operação apenas cuida disso e assim por diante. É mais ou menos como uma linha de montagem em cada funcionário adiciona uma peça para montar um produto final que em alguns casos muitos nem sabem o que é.

Esse método de trabalho fez com que os profissionais perdessem o entendimento do todo, algo que prejudica e muito o bom funcionamento do software. A especialização afastou os profissionais da equipe entre si e criou vácuos com uma série de problemas que não tinham rápidas e eficientes soluções.

Caminho Rumo ao Full Cycle

Num período intermediário entre a fase da especialização e o surgimento do desenvolvedor full cycle ficou claro que os profissionais poderiam manter suas especializações, mas com um conhecimento generalista dos demais fluxos. As equipes preservam a ideia de que há um responsável por cada etapa, mas existe um entendimento do todo.

Essa multidisciplinariedade das equipes permitiu chegar a uma produção mais consistente de softwares em que os donos da aplicação são também os donos das soluções. As equipes se tornaram mais integradas e o processo comunicativo melhorou consideravelmente. Esse foi um passo importante para o surgimento do profissional de desenvolvimento Full Cycle.

Em 2018 a Netflix postou um artigo em seu blog em que explicava a solução adotada por eles para resolver os problemas gerados pela intensa especialização. A empresa de  streaming foi a responsável por desenvolver o conceito de Full Cycle Developer, a ideia é que os desenvolvedores passem por todas as etapas do ciclo de vida do software conhecendo o seu todo.

Ressaltamos que a Netflix passou por muitas etapas de teste para conseguir conceituar a atuação de um profissional que passasse por todo o ciclo. A ideia final é bastante simples, o desenvolvedor deve ser capaz de operar aquilo que ele construiu. Logo é essencial que o profissional possua uma qualificação acima da média.

Maratona Full Cycle Developer

Observando esse movimento do mercado muitas empresas têm oferecido cursos intensivos online para ajudar desenvolvedores a se habilitarem para atuar como Full Cycle. Se você deseja atuar na área de programação deve ficar atento a essa tendência e aproveitar a oportunidade para aprender mais sobre como administrar o ciclo de criação de um software.

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